segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Jaqueline Kenedy sou eu

Dia desses acordei no meio da noite com uma imagem na cabeça
Era aquela cena antológica de JFK levando um tiro nos miolos, e Jak debruçando sobre o capô do carro na tentativa de resgatar os tais miolos.
Quem pode racionalizar a ação instintiva dela. Estava ali, tentando resgatar seu marido, seus ideais, sua história e seu futuro. Naqueles miolos estilhaçados, estavam ideias e projetos que poderiam ter dado melhores rumos ao planeta. Jak amava aquele homem e tudo o que ele significava.
Mas claro que ninguém ia colar os cacos de massa encefálica e JFK voltaria a vida normal. Aquilo foi puro impulso, puro instinto.
Aquela imagem ficou na minha cabeça por todo o dia. E fui dormir sem entender porque aquele recording me acordou no meio da noite.
É um mistério os caminhos que o cerebro usa para se comunicar comigo. Mas hoje é exatamente assim que me sinto. Cada vez que tento estimular Guy, chamá-lo pra brincadeiras, tirá-lo de seus momentos contemplativos-autisticos e deixando muito dinheiro na conta dos terapeutas.
Sinto que estou remendando o cerebro de Guy, resgatando ideias e sonhos, conhecimentos e experiencias que ele ainda não viveu.
Guy tem uma 'chave geral' que não pode ser desligada, sob pena do sistema entrar em colapso total.
A estimulação tem que ser máxima e contínua.
E eu sou a Jaqueline Kenedy da vez, debruçada no capô, juntando fragmentos de um livro em branco pra que possa ser escrito.

2 comentários:

  1. A diferença entre Jak e vc é que sua meta está viva e não despedaçada como os miolos de JFK...e de fragmento em fragmento,muita história será escrita nesse livro,de capítulo em capítulo irão surgindo conhecimentos,superações,e de muitas batalhas vencidas se escreverá a trilha desse livro...
    Amo vcs...!!!***

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  2. valeu Lu, vc sempre iluminando do seu ponto de vista...

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