segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ultima palavra sobre amamentação

Com 1 ano e 3 meses, Guy ainda mama. E não haveriam tantas razões pra comemorar, a não ser pelo fato de que isto não é tão comum assim, como deveria ser. Os médicos, a ciência e a mãe natureza, recomendam veementemente a amamentação por dois anos ou mais. Por isso me espanto quando, frequentemente, as pessoas se espantam quando digo que Guy ainda mama. Até as pessoas mais instruídas, estudadas, apuradas e polidas. Mesmo aquelas mães que não amamentaram tanto, mas sabem do valor desta duradoura amamentação. Nem sequer aquelas mães do interior, da roça, do mato, em quem a inteligencia instintiva veio se formando desde há milhares de anos. Encontrei resistência, inclusive, para o aleitamento exclusivo até os seis meses, em lugares onde jamais imaginaria: minha sogra, obstetra, e meu pai, médico cardiologista. E no mato também, onde dizem que para o bebê, leite é como água e por isso ele chora: de fome.
Diante deste cenário, encontraria um milhão de bons motivos pra tirar o peito.
Mas não encontro. Não trabalho, não estudo, não preciso ficar muito tempo longe de casa. Guy não me morde. Não fica pedindo peito toda hora. Mama só uma vez por dia, pra dormir. Não pede pra mamar na rua. Não fico com fome demais. E, finalmente, adoro dar mamar ao Guy.
Por precaução, tenho guardado na minha gaveta, um saquinho de 'aborrecida', um pózinho amargo que a Nanda, mãe da Luíza, me recomendou, dizendo ser batata pra tirar o peito.
A aborrecida acabou tendo outro efeito: tranquilizante. Se eu não quiser mais amamentar, tenho a solução. Está alí na gaveta, quando quiser parar eu paro. Então, fico mais relaxada pra...continuar amamentando.
Resultado: Guy é muito forte, muito saudável e não é gordo. Nunca teve uma gripe, nunca vi um catarro escorrendo pelo seu nariz.
E olha que eu não sou a mãe mais cuidadosa do mundo. Guy toma gelado, toma banho frio, vive pelado, vai a praia no final da tarde e toma vento na cara. Quase nunca levo uma toalha ou roupas. Não é com orgulho que confesso isso, mas uso esses deslizes como dados pra você ver que o leite materno é realmente uma vacina.
E, é com tristeza que nesses ultimos dias tenho detectado que meu leite está acabando. Guy puxa com força e fica reclamando. O peito tá muchiiiiiiinho. A aborrecida tá ali, já dei metade pra uma amiga.
Fico triste, antecipando a nostalgia que vou sentir quando Guy não estiver mais me fazendo seu carinho.

2 comentários:

  1. Ahhh,que assim seja,deixe-o que mame até que o leite se acabe...
    Eu tão mãe que sou,tenho uma pontinha de decepção por não ter conseguido amamentar minha prole mais que 2 meses,não me adaptei...
    E tenho tb uma pontinha de orgulho de sua tão prolongada e benéfica amamentação..
    Me surprendeste até comadre,és uma mãe de fato e das boas...rsrsr AMO VCSSS SAUDES SEMPREEE...

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  2. Fefe, que bom que tem amamentado assim!
    Não fique pensando que o leite ta acabando, porque senão ele acaba mais rapidamente. E curta até o último momento desse carinho sim. Hoje, quando alguém está amamentando na nossa frente e pergunta se a Luísa não vai ficar com vontade, logo digo: "ela não, mas eu....".Moooooorro de saudades de amamentar sabe? Mas foi meu tempo, paramos no momento certo e hoje, Luísa curte uma pizza, um churrasquinho e uma carninha mal passada!! beeeeijos....atualize sempre!!

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